Você, provavelmente, já leu muitos textos aqui no blog do fSense sobre a importância de manter seus colaboradores com um alto nível de satisfação e motivação. E, certamente, também já viu nossas dicas sobre como fazer isso. Mas, então, esbarramos em outra questão: como saber se os colaboradores estão (ou não) satisfeitos? Como acompanhar o sucesso dessas ações?
É aí que entra a pesquisa de satisfação de colaboradores. Neste post, vamos explicar o que é, qual é o peso de tal pesquisa no sucesso de uma equipe e, claro, como aplicá-la na prática. Boa leitura!
1. O que é uma pesquisa de satisfação de colaboradores?
Bem, o nome é bastante autoexplicativo. Porém, é importante não confundir uma pesquisa de satisfação com avaliações sobre o engajamento dos empregados. Embora os conceitos estejam relacionados, eles não são idênticos.
A pesquisa de satisfação permite avaliar se o funcionário está satisfeito com as atuais condições de trabalho — como salário, equipe e clima organizacional. Basicamente, um colaborador satisfeito não quer sair do emprego e, assim, sua rotatividade diminui.
Enquanto isso, uma avaliação de engajamento permite descobrir se os trabalhadores são apaixonados pelo trabalho e pela empresa. Quando o engajamento é alto, eles estão dispostos a fazer esforços adicionais, além das exigências básicas do seu cargo.
Um colaborador satisfeito tem mais chance de ser engajado. Porém, não existe uma obrigatoriedade nesta relação.
2. Por que fazer essa pesquisa?
Essencialmente, a pesquisa de satisfação permite descobrir em que nível as necessidades e expectativas dos colaboradores estão sendo atendidas.
Esse é um ponto muito importante, pois, nessa pesquisa, quem é avaliado não é o funcionário, mas a própria empresa.
Nesse sentido, a relação entre satisfação e engajamento também pode funcionar no sentido inverso. Ou seja, até mesmo um excelente colaborador tende a perder sua motivação se a relação de trabalho não o mantém satisfeito.
Quando isso ocorre, há uma perda de produtividade geral e, também, torna-se mais difícil reter talentos.
3. Quais são as melhores técnicas?
Na internet, é possível encontrar diversos modelos prontos para realizar uma pesquisa de satisfação de colaboradores. Porém, não adianta tentar escolher um deles sem entender qual deve ser o foco dessa atividade.
Existem alguns itens básicos para medir a satisfação de um trabalhador que não podem ficar de fora do seu roteiro de perguntas. Entre eles, podemos destacar:
- remuneração e benefícios;
- reconhecimento;
- segurança no emprego;
- oportunidades de crescimento;
- relacionamento com a equipe;
- relacionamento com o gestor;
- condições materiais da empresa (espaço, equipamentos).
Você pode ser simples e direto, pedindo que os colaboradores assinalem seu nível de satisfação com cada aspecto — por exemplo, utilizando uma escala de 1 a 5.
No entanto, as informações mais úteis vêm na forma de comentários, críticas e sugestões. Por isso, é recomendável que a pesquisa inclua espaços para avaliações mais abertas.
É senso comum que sempre haverá alguns indivíduos com medo de possíveis represálias a uma avaliação negativa. Portanto, não deixe de explicar a toda a equipe o propósito da pesquisa de satisfação de colaboradores, deixando claro que a empresa não apenas está aberta a críticas como, de fato, precisa delas para melhorar sempre.
Com o tempo, essa transparência na comunicação fará com que os colaboradores sintam-se mais livres para ser verdadeiramente honestos em suas respostas. Mesmo assim, é recomendável usar um método que permite manter o anonimato nas respostas.
Finalmente, outra dica é aproveitar os meios digitais para aplicar o questionário. Você pode usar serviços como o SurveyMonkey ou o Google Forms. A principal vantagem é que as respostas não precisarão ser digitadas e é muito mais fácil gerar relatórios com os resultados.
4. Que cuidados tomar em uma pesquisa de satisfação?
Para realizar uma pesquisa de satisfação de colaboradores com sucesso, você deve ter atenção e ser cauteloso em alguns pontos, como na elaboração das perguntas e, também, no retorno dado à sua equipe.
Caso o empregado se identifique na pesquisa, é importante tomar cuidado para não querer discutir pessoalmente com ele sobre a insatisfação. Vamos supor que um contratado dê uma avaliação 2 para a questão sobre a remuneração. Chamá-lo para uma conversa vai passar a impressão de que ele está sendo repreendido por ser sincero na pesquisa (a menos, é claro, que ele saia da sua sala com um aumento).
A maneira correta de usar os resultados é comparando todas as respostas. Se houver uma quantidade significativa de avaliações negativas sobre o quesito remuneração, por exemplo, informe à equipe que essa insatisfação foi observada e que a empresa vai realizar uma revisão da sua política salarial.
Então, faça uma pesquisa de mercado e confira a média salarial em outras companhias que possuem o mesmo cargo — ou um cargo parecido — e dê o retorno aos funcionários.
Um dos piores erros é transformar a pesquisa de satisfação em uma questão formal. Ou seja, nunca utilizar o feedback da equipe para promover melhorias efetivas na empresa.
Além de ser um desperdício de tempo, a falta de um retorno apropriado, certamente, vai prejudicar a confiança dos trabalhadores na seriedade e no profissionalismo da organização.
Na direção oposta, há outro cuidado a ser tomado. Talvez você note um único empregado, ou um pequeno grupo de funcionários, avaliando a empresa negativamente em todos os quesitos. Existe a possibilidade de que ele seja, simplesmente, aquele tipo de pessoa que está sempre reclamando e insatisfeita com tudo. E isso é prejudicial para o moral da equipe.
É claro que você não vai usar as respostas do questionário como motivo para o desligamento. Afinal, isso vai contra a ideia de que os funcionários são livres para fazer críticas sem represálias e é recomendável assegurar o anonimato
Mesmo assim, é um sinal de perigo. Então, procure acompanhar a equipe mais de perto, observando a postura de todos no dia a dia. Talvez você encontre maneiras sutis de fazê-los mudar de perspectiva.
E, claro, não faça alterações drásticas na empresa baseado em poucos comentários negativos da pesquisa de satisfação de colaboradores.
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