Contar com trabalhadores motivados, engajados com as atividades e eficientes na execução das tarefas é essencial para o sucesso de qualquer empresa.
Por isso, os gestores procuram maneiras de identificar determinados traços no perfil dos profissionais que indiquem que eles possuem as competências necessárias para as funções oferecidas pela empresa. Além disso, é possível aperfeiçoar os trabalhos internos conforme novas habilidades vão surgindo.
A eficiência e a perfeição técnica na execução das atividades tornam os trabalhadores mais produtivos, e, consequentemente, isso também reflete na melhoria dos resultados e na produtividade das organizações.
Mas não basta apenas ter conhecimento, outras características e habilidades também podem se mostrar relevantes para o êxito das funções empresariais.
Liderança, serenidade, solidariedade e colaboração, por exemplo, são habilidades indispensáveis para o desempenho de muitas funções dentro das empresas. Essas características são fundamentais, também, para a manutenção de um bom clima organizacional. Logo, eleger um perfil adequado é uma atividade complexa e desafiadora.
Mas, como as empresas podem saber quais as características que os seus funcionários ou os candidatos a uma vaga de emprego têm? E como definir com precisão quais são as habilidades essenciais para o bom desempenho de determinada função?
Embora isso ainda não possa ser feito de maneira precisa, existem mecanismos que visam facilitar esse trabalho e proporcionam aos gestores de recursos humanos e demais líderes empresariais, um panorama mais seguro sobre o que deve ser levado em conta na hora de contratar seus funcionários e o que considerar relevante para o exercício de determinados cargos dentro da empresa.
Uma dessas ferramentas é o mapeamento de competências, e é sobre ele que vamos tratar neste post. Acompanhe!
Afinal, o que é mapeamento de competências?
É uma estratégia que visa comparar o nível atual e o nível desejado de habilidades e competências de um profissional — competências necessárias para a execução das tarefas com qualidade e eficiência.
Em outras palavras, é uma forma de eleger as principais características que um funcionário deve possuir para executar bem as funções de determinado cargo.
Esse processo, então, possui duas facetas: uma relativa à eleição das habilidades necessárias ao exercício das funções empresariais, e outra relacionada às habilidades demonstradas pelos trabalhadores — que podem superar aqueles critérios previamente exigidos para o cargo.
A palavra “competência”, contudo, não se refere apenas a conhecimentos técnicos. Outras habilidades estão inseridas no termo, como o comportamento e a atitude do profissional frente aos desafios cotidianos.
Assim, para ser um bom líder, não basta que o profissional tenha excelentes conhecimentos sobre a área. É indispensável possuir, também, capacidade de persuasão, liderança, boa comunicação, proatividade no trabalho e outras competências.
Vantagens do mapeamento de competências
Uma ferramenta como essa tem um impacto positivo que vai além da contratação de melhores candidatos ou da obtenção de uma imagem mais clara acerca das habilidades de um funcionário. Ela também contribui com o estabelecimento de novas bases e paradigmas de mercado.
Ainda hoje, a maioria dos empregadores usa o nível de formação intelectual ou técnica como o principal mecanismo de triagem profissional.
Ocorre que, muitas vezes, o grau de formação, os cursos e os diplomas não estão relacionados com todas, ou mesmo com as principais, exigências para exercer as funções do cargo.
Essa imprecisão levou à demanda de mais e mais graduações para empregos em que um diploma não é um fator relevante para o bom desempenho das funções.
Uma melhor análise das pessoas — e melhores formas de visualizar e interagir com esses dados — não só auxilia o trabalho de gerentes e os recrutadores — ao combinar as pessoas com os postos de trabalho —, como também auxilia os empregados a desenvolverem uma imagem mais precisa de seus pontos fortes e fracos.
Com isso, eles serão capazes de enviar sinais mais claros à empresa sobre tudo aquilo que são capazes de fazer. Além do mais, o mapeamento também contribui para a elaboração de programas de treinamento mais efetivos.
Como colocar o mapeamento em prática?
Após ter noção das vantagens de mapear as competências e habilidade de seus funcionários, listamos 6 dicas para que você possa aplicar essa estratégia em sua empresa. Confira:
1. Descreva as competências técnicas necessárias
Toda função exige algumas habilidades específicas — e elas são divididas entre técnicas e comportamentais.
Nesta etapa do mapeamento de competências, elenque as principais características técnicas necessárias ao desempenho da função.
Trata-se de conhecimento técnico, mas aqui também devem ser consideradas habilidades de execução do conhecimento e as atitudes do profissional em lidar com as demandas e dificuldades do mercado.
Essa fase apoia-se no tripé: conhecimento, habilidade e atitude! Não basta possuir a informação. É necessário saber como utilizá-la da melhor forma e também compartilhar com os demais colaboradores, contribuindo para o aperfeiçoamento dos trabalhos.
2. Descreva as competências comportamentais necessárias
Além do conhecimento técnico, os cargos também exigem habilidades comportamentais, que, muitas vezes, não se relacionam à primeira vista com as funções desenvolvidas.
Um frentista de um posto de combustível, por exemplo, deve ser simpático e solícito, embora essas qualidades não sejam essenciais para o desempenho da função principal: abastecer veículos.
Assim, é preciso explicitar todas as competências exigidas para o cargo. Além daquelas técnicas, liste aqueles comportamentos e atitudes que a empresa espera de seus funcionários.
3. Elabore técnicas para avaliar essas competências
Para identificar habilidades e avaliar as competências, podem ser utilizadas algumas metodologias diretamente com os colaboradores.
Algumas delas são entrevistas individuais com os próprios funcionários, questionários, avaliações 360º, e, principalmente, muita observação da rotina dos colaboradores.
4. Avalie a eficácia do projeto
Veja se as competências mapeadas são, realmente, as mais importantes para o exercício exitoso das funções nos cargos da sua empresa.
Verifique se falta elencar alguma outra característica importante ou se as exigências estão altas demais.
É preciso avaliar a eficácia do projeto de mapeamento de competências. Para tanto, confirme se ele está servindo para recrutar os melhores profissionais e para desenvolver os funcionários da empresa.
Essa etapa será muito útil na tomada de decisões estratégicas.
5. Promova melhorias
Quando a avaliação for considerada insatisfatória — ou pouco eficiente — é necessário propor melhorias e ajustes.
Se você identificou as competências relevantes, mas o recrutamento e o treinamento de pessoal — com base nessas habilidades — não está contribuindo para a elevação dos resultados empresariais, é hora de repetir a fase 3, mudando a técnica adotada!
6. Documente os resultados
Por fim, é importante documentar as informações colhidas, para dar subsídio a novas intervenções no sentido de aperfeiçoar ainda mais os trabalhos.
A documentação de resultados serve para promover uma análise comparativa do desempenho dos colaboradores e da própria empresa.
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