Um dos principais desafios das empresas é promover o engajamento dos funcionários, mantendo-os motivados e dispostos a exercer o trabalho da melhor maneira. Ao contrário do que parece, muitas vezes a desmotivação é provocada pelo empregador.
Altos índices de engajamento mantêm a produtividade em alta e ajudam a empresa a alcançar as metas. Dois fatores são excelentes termômetros desse envolvimento: absenteísmo e rotatividade.
O absenteísmo constante dos funcionários é um sinal de alerta de que algo não vai bem no clima organizacional da empresa. Muitas vezes, os profissionais arrumam motivos para faltar ao trabalho que não são exatamente problemas de saúde, mas para fugir de situações desagradáveis ou até mesmo para procurar outro emprego.
Os problemas no ambiente de trabalho também trazem como consequência uma alta rotatividade: dificilmente os profissionais trabalham por muito tempo na empresa.
Se você quer entender como resolver esses problemas, continue lendo este post.
Problemas provocados pelo absenteísmo
Altos índices de absenteísmo são prejudiciais para as organizações, independentemente do porte. Uma falta por mês — ou mesmo aquela saída um pouco antes do horário — parece algo pequeno e isolado, mas, se acontece com frequência, pode gerar problemas.
Um dos impactos é na produtividade. Uma empresa conta com 100% de sua mão de obra no horário estipulado para a entrega de resultados. Se as faltas ou dispensas afetam, por exemplo, 20% da carga horária, podemos concluir que 20% da produção estão comprometidas.
O absenteísmo também impacta na satisfação do cliente, provocando atrasos na entrega e queda da qualidade dos produtos ou serviços.
Funcionários com altos índices de absenteísmo podem, futuramente, sair da empresa. É importante, então, entender se as faltas e atrasos são provocados por descontentamento com o trabalho ou desmotivação com as funções exercidas.
Esse cuidado vai evitar a perda de importantes talentos.
Problemas provocados pela rotatividade
Quando os números de demissão são grandes, eles indicam uma questão séria na cultura organizacional. Esses índices refletem uma insatisfação clara dos funcionários.
Muitas vezes, eles pedem as contas e, em outras, tornam-se tão displicentes a ponto de não restar alternativa a não ser desligar o indivíduo da empresa.
Uma rescisão de trabalho gera custos com o pagamento dos direitos trabalhistas, com a seleção de um novo profissional e com o período de adaptação e treinamento do novo funcionário. Quando isso acontece constantemente, o impacto é sentido não só no balanço financeiro da empresa, mas também na qualidade dos produtos e serviços.
Por que e como medir o absenteísmo e rotatividade
Para entender se essas ocorrências estão dentro de uma margem saudável do que acontece em qualquer empresa — ou se realmente estão prejudicando os negócios — é importante medir e acompanhar os atrasos, as faltas e as demissões.
Também é necessário observar se alguém está trabalhando além do horário, o que indica que esse profissional está sobrecarregado e pode gerar problemas no futuro.
Realizar esse acompanhamento é uma maneira de atuar proativamente, evitando problemas mais sérios e o desgaste da imagem da empresa como empregadora.
Afinal, ninguém quer trabalhar em um lugar conhecido por não valorizar os funcionários.
9 Estratégias para diminuir absenteísmo e rotatividade
Evitar esses problemas é mais fácil do que parece. Separamos 9 estratégias que podem ser adotadas para melhorar o engajamento na empresa. Assim, você consegue ter funcionários mais comprometidos, aumentando a retenção de talentos:
1. Cuidado na contratação
Contratar profissionais que não são adequados à vaga pode resultar em um pedido de demissão precoce.
É importante prestar atenção no perfil comportamental e na experiência do candidato — uma pessoa muito qualificada dificilmente vai ficar muito tempo em um cargo inferior se não houver possibilidades concretas de crescimento rápido na empresa.
2. Realize pesquisas de clima organizacional
O clima organizacional tem uma grande influência na satisfação dos funcionários.
Realizar essas pesquisas é a melhor maneira de checar se o ambiente de trabalho está favorável e se os profissionais estão confortáveis e felizes na empresa.
Um trabalhador descontente vai deixar a emprego em breve — ou trabalhar abaixo das expectativas.
3. Cuide da ergonomia
Muitas vezes, problemas causados por LER (lesões de esforço repetitivo) provocam o afastamento médico dos funcionários.
Portanto, cuide para que mesas, cadeiras e monitores sejam ergonômicos.
Exercícios laborais conduzidos por especialistas também diminuem a incidência de problemas.
4. Desenvolva a liderança positiva
Um gestor que saiba lidar com a equipe faz toda a diferença na empresa.
O líder deve inspirar os funcionários, dar espaço para diálogos, incentivar o crescimento, elogiar os bons resultados e dar um feedback construtivo para aqueles que não alcançaram as metas.
5. Estabeleça um plano de carreira
Um dos maiores motivadores dos profissionais é a perspectiva de crescimento dentro da empresa.
Toda organização deve contar com um plano de carreira, que estabeleça, claramente, o que é necessário para uma promoção.
6. Promova a interação
Pessoas que trabalham entre amigos tendem a produzir mais e melhor.
Sempre que possível, promova a interação entre os funcionários. Essa medida deixará o ambiente mais leve e agradável.
7. Trabalhe o reconhecimento
Profissionais que sabem da própria importância dentro da empresa dificilmente faltarão ou sairão do emprego.
Reconheça os profissionais e deixe-os saber que eles são essenciais para que a organização consiga alcançar as metas.
8. Realize entrevistas de desligamento
Para entender melhor o que está provocando a saída dos seus funcionários, procure realizar uma pesquisa no momento do desligamento.
Pergunte sobre o ambiente de trabalho, comportamento dos gestores, interação com os colegas e as possibilidades de crescimento.
Essa entrevista é a oportunidade de identificar — e corrigir — o que está errado na empresa.
9. Invista nos profissionais
Bônus, incentivos, treinamentos, aconselhamento de carreira, mapeamento de competências — todos esses recursos não devem ser vistos como despesas, mas sim como verdadeiros investimentos na própria empresa.
Um profissional valorizado e bem treinado trabalha por mais tempo na companhia e produz com mais qualidade.
Tomando esses cuidados, seus profissionais vão ficar muito mais envolvidos e podem até ajudar na contratação dos próximos funcionários, construindo uma reputação positiva da empresa dentro do mercado.
Isso vai ajudar a atrair os melhores talentos e a construir o Employer Branding da organização, aumentando seu valor até mesmo entre a concorrência.
Índices de absenteísmo e rotatividade baixos são fortes sinais de uma empresa sólida que respeita os funcionários.
E você, gostou das nossas dicas? Já enfrentou problemas semelhantes e conseguiu superar esses desafios? Compartilhe a sua experiência comentando no espaço abaixo!