Riscos Empresariais Definição

Conheça os 5 princípios da avaliação de riscos empresariais

Correr riscos é inerente a qualquer atividade na vida pessoal, profissional e corporativa. Por esse motivo, é comum encontrar — em qualquer empresa — processos que apresentam perigo e que podem envolver tanto perdas quanto oportunidades. Em outras palavras, o risco é inevitável no ambiente corporativo, mas não precisa ser temido, pois é um desafio que pode ser administrado. Durante a elaboração do planejamento estratégico, portanto, é essencial dar a devida importância à avaliação de riscos empresariais, um conceito ligado à inteligência competitiva.

A consciência da ameaça e a capacidade de administrá-la — bem como a disposição de correr riscos e tomar decisões — são fundamentais na atividade empreendedora.

Essas habilidades podem, inclusive, prover a administração na tomada de decisão em busca de alcançar objetivos dentro de prazo, custo e condições preestabelecidos.

Quer saber mais sobre o assunto? Neste post, listamos as 5 normas da avaliação de riscos no mundo corporativo. Confira!

1. Entenda o conceito de risco

Em português, risco é entendido como a possibilidade de algo não dar certo. Nas corporações, é aquilo que as impede de atingir seus objetivos e executar suas estratégias.

Podem ser, por exemplo, as incertezas do mercado e do setor de atuação da companhia, do ambiente macroeconômico e dos processos da organização.

Um conceito mais moderno, porém, envolve a quantificação e a qualificação da incerteza. Isso tudo levando em consideração tanto as perdas quanto os ganhos e o rumo dos acontecimentos planejados — seja por indivíduos ou por organizações.

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Há também uma outra interpretação: a palavra “risco” vem dos termos em latim “risicu” e “riscu”, que significam “ousar”. Ou seja, o risco é uma opção, não um destino. É uma ação tomada deliberadamente de forma a apostar no sucesso vindouro. Arriscar faz parte da estratégia, já que conhecer e gerenciar os riscos é administrar o amanhã.

2. Faça um levantamento dos perigos

Após conhecer o significado do termo, Identificar os perigos é outro passo da avaliação de riscos. Isso pode ser feito a partir de consulta à gerência e aos colaboradores, pesquisas em documentos históricos e até em análises anteriores.

Essa atividade, quando feita por profissionais com visão sistêmica dos negócios da companhia, pode resultar na detecção de oportunidades.

A análise de riscos requer um estudo detalhado dos processos para descobrir pontos de vulnerabilidade, bem como para identificar as atividades críticas e a capacidade de minimizar e controlar os impactos.

Essa análise deve identificar todos os potenciais riscos da empresa, que podem ser classificados em:

  • sistêmico;
  • operacional;
  • financeiro;
  • legal;
  • negócio;
  • tecnológico;
  • recursos humanos;
  • regulatório;
  • externo;
  • interno;
  • e outros fatores que possam afetar os resultados e as estratégias globais da companhia.

Depois, é preciso avaliar o risco e classificá-lo em relação à seriedade e à chance de que ele venha a ocorrer. Só assim é possível definir a ação a ser tomada para minimizá-lo (com o objetivo de mantê-lo em níveis aceitáveis), bem como garantir que o perigo será monitorado e informado para toda a organização.

Riscos Empresariais Levantamento dos Perigos

3. Monitore as ameaças

É preciso ter em mente que, nos bons momentos, é fácil se esquecer dos problemas e perigos, mas é essencial estar sempre atento a eles. Afinal, sempre existirão ameaças — e o processo de identificá-las com a análise geral de riscos, deve ser acompanhado e aprimorado continuamente.

Para isso, é preciso considerar o custo-benefício das medidas (quanto mais se reduzem os riscos, maior é o investimento). Aí, então, é o momento de partir para a ação, sempre lembrando que os riscos são dinâmicos e é preciso avaliá-los constantemente para que sejam tomadas medidas corretivas eficientes.

Essa avaliação permite que a empresa compreenda os fatores de risco e veja neles uma oportunidade de fazer com que o valor gerado pela análise supere o seu custo.

É por meio desse processo que a companhia planeja e avalia como monitorar os possíveis riscos para alcançar seus objetivos e suas metas estratégicas.

É importante que esse processo seja sistemático e que esteja disseminado por toda a organização envolvendo funcionários, gerentes e diretores.

Ela é, afinal, mais que a demanda de um acionista ou do mercado: trata-se de uma eficiente ferramenta de planejamento estratégico.

Com isso, é possível identificar as eventuais oportunidades associadas. Os riscos e as oportunidades caracterizam-se por possíveis variações em relação ao planejamento estratégico da organização: as negativas determinam os perigos e as positivas, as oportunidades.

4. Elabore planos de ação

Os planos de ação surgem da análise de riscos empresariais e se transformam em objetivos estratégicos. Como dito, essa avaliação compreende a identificação dos riscos, sua classificação quanto à probabilidade de ocorrência, sua relevância em termos de impacto financeiro e de imagem e o seu grau de controle.

É essencial que a atenção esteja voltada para as causas da ameaça, não para o resultado. Entre as adversidades estão:

  • não ter pessoal preparado;
  • propaganda adversa;
  • defeito no produto que pode prejudicar a marca;
  • produtos que não estão em conformidade com a propaganda;
  • flexibilidade do concorrente.

5. Planeje a recuperação

Esforçar-se muito não garante que tudo vai ocorrer como esperado. É importante, portanto, ter um plano para consertar a falha — e até formas de voltar para o sistema anterior.

Se errar é ruim, não ter uma estratégia de recuperação é ainda pior. Ou seja, o plano deve mirar o sucesso, mas é preciso ter uma opção para o caso de ele ser um fracasso.

A ideia é contribuir para a perenidade da organização, sempre levando em conta seus objetivos estatutários e estratégicos.

Para isso, é fundamental identificar os principais riscos empresariais a que a companhia está exposta, a probabilidade de que ocorram e as medidas e os planos para sua prevenção ou minimização.

Além disso, é preciso definir indicadores de desempenho associados a níveis de volatilidade — que podem ter causas externas ou internas e se originam do contexto de atuação da empresa.

O processo deve buscar um melhor desempenho para a organização ao identificar oportunidades de ganhos e de redução de probabilidade e/ou impacto de perdas.

Riscos Empresariais Plano de Ações

Em resumo, a avaliação de riscos empresariais deve seguir um modelo sistemático, em que o nível de ameaça seja atenuado interna e externamente. Para tanto, a atenção deve estar nos ativos e passivos tangíveis e intangíveis — e todos os colaboradores da organização devem ser responsáveis pela ação de monitorar e identificar riscos.

Se depois desta leitura, você se sente apto a preparar a avaliação de riscos empresariais, saiba como realizar também o monitoramento de produtividade dos seus funcionários.